As Memórias do Livro

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  Geraldine Brooks                   
              Inspirado em uma história real de uma mulher em busca da origem       
                           de um manuscrito de valor incalculável.                                 

Da Espanha de 1480 até a enfraquecida Sarajevo de 1996, um livro sagrado de valor incalculável é caçado por fanáticos políticos e religiosos. Seu destino está nas mãos de uma talentosa conservadora de livros a charmosa protagonista Hanna, e sua recuperação resulta em um mistério histórico arrebatador.
Quando Hanna é chamada a Sarajevo para examinar o Hagadá, um código judaico do século XV que havia desaparecido durante a guerra da Bósnia, ela não pode acreditar que um documento tão maravilhoso estava preservado depois de tantas guerras e tanto preconceito. A partir de pistas encontradas no próprio manuscrito uma asa de inseto, manchas de vinho e um pêlo branco Hanna desvenda uma série de enigmas fascinantes e reconstrói as memórias do livro. E o resultado é um verdadeiro épico, uma corrida contra o tempo para revelar o passado e dar espaço à crônica da história do livro, enquanto Hanna procura a cura para uma criança vítima da intolerância da guerra, um amor impossível, sua própria identidade e proteção: do Hagadá e de sua própria viva.

Um pouco de história:                                                                                                                              

A Hagadá retrata a escravidão e a saída dos hebreus do Egito, orações e salmos. É usada nas celebrações da páscoa pelas famílias judaicas.
Seu nome deriva da palavra hebraica “contar”.
Foi confeccionada na Espanha, durante o reinado de Aragão, com acabamento luxuoso em ouro e bronze, que se perderam ao longo do tempo. Encomendada para ser um presente de casamento, composta de pergaminho branco, produzida de acordo com as tradições sefarditas (termo usado para referir aos descendentes de judeus originários de Portugal e Espanha), em estilo gótico-italiano predominante na época, na Catalunha e contém o brasão do Reino de Aragão.



" Nota Pessoal "

São várias histórias escritas de formas distintas e que em algum momento elas se cruzam.
A protagonista Hanna Haets (australiana), se torna responsável pela recuperação da Hagadá um código judaico do século XV. 
É chamada a Sarajevo para examinar a Hagadá, restaurar e autenticar a legibilidade do mesmo que havia desaparecido durante a guerra da Bósnia, a cerca de cem anos.Traz-nos relato da Espanha e da fragilizada Sarajevo.

A partir de pistas encontradas no próprio manuscrito: uma asa de inseto, manchas de vinho e um pelo branco, Hanna inicia uma investigação e desvenda uma série de enigmas fascinantes e reconstrói as memórias do livro. Enquanto viajamos com Hanna pela história do livro, através de seu trabalho de pesquisa que nos leva a uma fascinante viajem no tempo, também encontramos personagens cativantes de diferentes culturas e crenças, cujas histórias se misturam a da Hagadá.

Descobriremos também a história de sua vida um belíssimo manuscrito de 500 anos que conta a história do êxodo judeu, um exemplar que não deveria existir, pois contraria cânones religiosos da época, que proíbe qualquer tipo de ilustração. 

Como todo romance que um mocinho e uma mocinha, também há uma megera, a mãe de Hanna. Neuro cirurgiã muito famosa que nunca aceito a escolha da filha de ser curadora, pois rejeitou a opção de ser cirurgiã igual a mãe, escolha que causa brigas sempre que se encontram. A insuportável guarda um segredo, que ao ser desvendado explicará muita coisa.

A medida que o livro avança as perguntas vão sendo respondidas, passamos a entender que o verdadeiro valor da Hagadá, não está apenas no que está escrito, mas principalmente nas histórias que ela não conta. Particularmente de cada família, cada pessoa que a teve em suas mãos e que de alguma forma a protegeu.

Um livro que combate vários tipos de preconceito, como a intolerância religiosa, relata fatores políticos, homofobia, misoginia (repulsa excessiva do contato sexual com mulheres) entre outros.

No final do livro a autora escreveu um Posfácio, que são os fatos reais citados no decorres da história, que facilita distinguirmos dos que são ficção.

 Uma ótima dica de leitura para quem gosta de livros baseados em fatos reais e culturas regionais.

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